Cantava a vida e a morte
E muito mais
Vivia cada acorde
Na sua alegria e tristeza
Se entregava
Ria
Fazia o que achava legal
E só assim tinha sentido seguir.
Recusou-se a cantar num programa de tv
Porque quando perguntaram o que ia fazer
Respondeu, singelamente, cantar!
E disseram: só?
Que desperdício alguém daquela época não conhecer Elis
Claro que ela foi embora.
Se dava ao respeito e tinha personalidade suficiente
Para lutar e viver o que acreditava
E o fez muito bem.
Não interpretou, viveu e morreu cada verso
Era puro sentimento
Emoção à flor da pele
Para cantar
E sentir cada letra, cada silêncio, cada pausa e suspiro.
Eu quando escrevo também sinto este misto de sentimentos
Alegria por conhecê-la, pessoa, obra e arte maravilhosas
Fico orgulhosa, vibro a cada bela canção
E também fico extremamente triste por não estar aqui
Pois uma pessoa assim merecia viver muito mais
É como torcer para o herói e vê-lo morrer no final.
Como ela disse, a vida não pode ser só isso
E acredito que temos, mesmo depois dessa, muito mais.
Agradeço ao Ricardo pelos DVD’s, um presente especial que será guardado com muito carinho, e indico a todos:
1. Elis: Na batucada da vida
2. Elis: Doce de Pimenta
3. Elis: Falso Brilhante
(BandMusic – RWR – EMI)
Música: Triste - por Elis Regina!
3 comentários:
Lu, sua sensibilidade e perspicácia conseguiram traduzir em palavras o que a Elis representa para mim também. Vejo em você qualidades que a Elis também tinha, e isso aumenta ainda mais o orgulho em contar com sua amizade. Obrigado por tudo!
Beijos, Ricardo.
"Viver é melhor que sonhar
Eu sei que o amor é uma coisa boa
mas também sei que qualquer canto é menor do que a vida
de qualquer pessoa"
Uma das coisas que ela cantou tão unicamente. E eu sempre me emociono.
Como tenho certeza, ela se emocionaria ao ver este post.
Continue escrevendo, compondo, indo um passo além. Continue tendo contato com essas almas que despertam esta vontade em nós.
beijão!!
Como se fora brincadeira de roda, memória
Jogo do trabalho na dança das mãos, macias
O suor dos corpos na canção da vida, história
O suor da vida no calor de irmãos, magia
Como um animal que sabe da floresta, perigosa
Redescobrir o sal que está na própria pele, macia
Redescobrir o doce no lamber das línguas, macias
Redescobrir o gosto e o sabor da festa, magia
Vai o bicho homem fruto da semente, memória
Renascer da própria força, própria luz e fé, memória
Entender que tudo é nosso, sempre esteve em nós, história
Somos a semente, ato, mente e voz, magia
Não tenha medo, meu menino bobo, memória
Tudo principia na própria pessoa, beleza
Vai como a criança que não teme o tempo, mistério
Amor se fazer é tão prazer que é como se fosse dor, magia
Como se fora brincadeira de roda, memória
Jogo do trabalho na dança das mãos, macias
O suor dos corpos na canção da vida, história
O suor da vida no calor de irmãos, magia
("Redescobrir", Gonzaguinha)
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Lembrei de Elis cantando esta música. Amei a postagem e o que disse.
Adoro você! Beijo, Dindinha querida.
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