terça-feira, janeiro 16, 2007

Dentro de Ti

Com vocês preciosa poesia!
E a vida sempre nos trazendo um presente...

Dentro de Ti

Dentro de ti está a medicina
E a razão de ser grande ou pequenino
A natureza rústica e Divina,
E o poder de fazer o teu destino.

Dentro de ti está a sociedade,
De quem por certo poderás ser dono,
O jeito de arrancar da eternidade
A Harmonia que vive no abandono.

Dentro de ti está o teu sacrário,
A tua fé, a tua igreja, a tua cruz,
A pobreza de ser um milionário
E a riqueza de ser somente Luz.

Dentro de ti está o mundo inteiro
O Universo na sua majestade,
O meio de ganhar muito dinheiro
E de viver também de caridade.

Dentro de ti está a poesia,
Todo o céu, toda a terra, todo o mar,
O imensíssimo verbo da energia
De quem um dia poderás falar.

Dentro de ti está a tua saúde,
Assim como o não unido ao sim,
O jeito de ser bondoso ou rude,
E o princípio de tudo preso ao fim.

Se acordares um dia em seu abrigo,
A vida que de toda a coisa ri,
O mundo será teu, meu caro amigo,
Porque tudo está dentro de ti.

Carlos Bacelar
Revista Pensamento
edição1081 * 10/98

Um comentário:

Bianca Helena disse...

Oi Amorzinho!
Que gostoso poder comentar pra vc!
Adorei a cara do quarto (ainda melhor que o verde!) Que neste, e em todos os cantos por onde passe, Mikael te guie com coragem e ousadia.

"Nego submeter-me ao medo,
Que tira a alegria de minha liberdade,
Que não me deixa arriscar nada,
Que me torna pequeno e mesquinho,
Que me amarra,
Que não me deixa ser direto e franco,
Que me persegue,
Que ocupa negativamente a minha imaginação,
Que sempre pinta visões sombrias.
No entanto, não quero levantar barricadas por medo do medo.
Eu quero viver, não quero encerrar-me.
Não quero ser amigável por medo de ser sincero.
Quero pisar firme porque estou seguro.
E não porque encobri meu medo.
E quando me calo, quero fazê-lo por amor.
E não por temer as conseqüências de minhas palavras.
Não quero acreditar em algo só por medo de acreditar.
Não quero filosofar por medo de que algo possa atingir-me de perto.
Não quero dobrar-me só porque tenho medo de não ser amável.
Não quero impor algo aos outros, pelo medo de que possam impor algo a mim.
Por medo de errar não quero tornar-me inativo.
Não quero fugir de volta para o velho, o inaceitável, por medo de não me sentir seguro no novo.
Não quero fazer-me de importante porque tenho medo de que senão poderia ser ignorado.
Por convicção e amor quero fazer o que faço e deixar de fazer o que deixo de fazer.
Do medo quero arrancar o domínio e dá-lo ao amor.
E quero crer no reino que existe em mim."

[- FORJANDO A ARMADURA, Rudolf Steiner -]

beijo no coração!